segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Supermercados


Supermercados

As técnicas de corte, refrigeração e apresentação da carne suína têm apresentado consistente evolução. Estas Salas tem por missão aproximar os proprietários e funcionários de açougues da tecnologia mais avançada naqueles campos.

 Para cumprir esse objetivo, a ABCS pretende operar este portal de maneira a instigar o seu uso, a fomentar ações interativas. Vamos provocar, construir e profundar relações com associações representativas dos açougues e supermercados. A idéia é prestar serviço, buscar soluções que ajudem ao varejista a aumentar a venda de carne suína, mostrando que o nosso produto tem um grande e inexplorado potencial de resultados financeiros.

Estas Salas já contam com o apoio do Instituto de Tecnologia de Alimentos, especialmente através das contribuições do Prof. Expedito Tadeu de Facco, membro do Conselho Técnico Consultivo da ABCS. Vamos buscar – e sobretudo estamos abertos - a colaboração de outros profissionais que possam trazer reflexões, sugestões sobre cortes, arquitetura de loja e aproveitamento de espaço, técnicas de conservação inovadoras.
O desafio da popularização da carne suína passa pela compreensão dos problemas e necessidades do varejo. Em última análise, é na capacitação do atendente de loja,da familiaridade e do compromisso que possa ter com nosso produto que reside a alavanca da transformação da realidade do consumo de carne suína no Brasil. Afinal de contas, é no balcão o açougue e nas pistas refrigeradas dos Supermercados que o cliente final vai ter contato com a carne suína. Depende de nós manter o varejista informado e motivado, preparado para atender às exigências do consumidor moderno.

Mapa reafirma medidas de apoio à suinocultura.


Mapa reafirma medidas de apoio à suinocultura

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) informa que está mantido o conjunto de medidas de apoio aos suinocultores anunciados recentemente ao setor, entre as quais a renegociação das dívidas de custeio e investimento contratadas por criadores não integrados; a definição do preço mínimo para suínos vivos em R$ 2,30 por Kg, nas regiões Sul e Sudeste, e de R$ 2,15, no Centro-Oeste; a subvenção de R$ 0,40 por kg de carne suína e a criação de uma Linha Especial de Crédito (LEC) para a aquisição de leitões com taxa de 5,5% ao ano, com valor inicial de R$ 200 milhões. Além disso, também está prevista a ampliação do limite da linha de crédito para retenção de matrizes por produtores independentes de R$ 1,2 milhão por produtor para R$ 2 milhões, até 30 de dezembro deste ano.
Essas medidas já foram encaminhadas ao Conselho Monetário Nacional (CMN) na semana passada para apreciação. Pela agenda extensa da reunião, não foi possível que a votação ocorresse na data prevista, quinta-feira, dia 26 de julho. O Ministério reitera que as instituições financeiras públicas e privadas foram comunicadas das decisões acordadas, exaustivamente, entre governo e Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS). O preço de comercialização do produto já vem reagindo, em algumas regiões, em média 20%, desde que as medidas foram anunciadas pelo ministro Mendes Ribeiro Filho.


Fonte: MAPA
Publicado em 31/7/2012

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Custo de produção intensifica crise no setor de suínos.



Custo de produção intensifica crise no setor de suínos.

Alto custo dos grãos e dificuldade no abastecimento do farelo de soja preocupam suinocultores em todo o país
A crise que assola ao setor de suínos ganhou proporções ainda mais dramáticas na última semana. O aumento no preço do farelo de soja repercutiu negativamente para a suinocultura de todo o país. Considerada a commodity mais valorizada ao longo de 2012, a alta do preço do farelo amarelo, está superando a do petróleo e a do ouro.
No estado do Paraná a tonelada do produto atingiu recordes nunca antes contabilizados pelos produtores de suínos. "O suinocultor está pagando para exercer a atividade", desabafa o suinocultor da região de Toledo/PR, Deoclides Bezoin. Segundo ele, os valores de compra do farelo de soja atingiram nessa semana R$ 1.450 a tonelada. “Desde 1975 o preço do farelo nunca esteve tão elevado. Nossa maior preocupação é saber se ainda existe farelo de soja para os próximos 3 meses”. No estado, o valor do custo de produção já chega a R$ 2,82 o quilo, em média 90 centavos de prejuízo por animal comercializado. “O governo precisa fazer uma pesquisa para saber o quanto ainda existe de soja no país. Este é um caso de segurança nacional, pois não está certo exportar tudo e não deixar o suficiente para a sobrevivência da nossa produção”, desabafa Bezoin.
O mesmo cenário se repete nos estados do Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Minas Gerais. No Mato Grosso, os custos com a aquisição do insumo para alimentar os animais cresceu 100% entre 2011 e 2012. Em Rondonópolis, a 218 quilômetros de Cuiabá, a última semana foi de preços recordes para o farelo, na ordem de R$ 1,2 mil por tonelada. Fato jamais constatado, segundo produtores de suínos da região.
Na cidade de Pará de Minas, situada a 73 km de Belo Horizonte, os valores de compra do farelo de soja também atingiram níveis recordes. Segundo o coordenador de suprimentos da Cooperativa dos Granjeiros do Oeste de Minas (Cogran), Carlos Alberto França, os custos de produção do quilo do suíno já atingem R$ 3,10. Na região, o farelo de soja está sendo comercializado a R$ 1,32 mil a tonelada. “A dificuldade de se produzir está cada dia maior. Além dos preços exacerbados, o governo exportou muito e não deixou quase nada para os produtores. Está difícil achar a quantidade suficiente de milho e soja no país e sem isso é impossível produzir”, reforçou o coordenador que também é produtor de suínos.
Na região sul, o problema também já reflete nas granjas de suínos. No noroeste do Rio Grande do Sul a tonelada de farelo de soja está sendo vendida por R$ 1, 28 mil a tonelada e o milho a 33 reais a saca. “Está praticamente impossível continuar produzindo suíno no Brasil. O governo abre todas as portas para a exportação de grãos e não pensa no que é feito aqui no país sem a soja e o milho”, protesta o suinocultor e proprietário da Suinocultura Acadrolli, Sady José Acadrolli,
Por essa razão, a ABCS acredita não haver outra forma de ajudar o produtor de suínos independente que não seja a subvenção por parte do governo federal da diferença entre o preço de venda do kg do suíno vivo e o custo de produção determinado pela Conab e/ou Embrapa nas diversas regiões produtoras, pelo menos até o limite de R$ 60 centavos por kg. “Dessa forma, o produtor que hoje conta com 80 reais ou 100 reais de prejuízo reduziria o seu prejuízo para 20 reais ou 40 reais, na esperança de uma melhoria no mercado de preços dos insumos e de venda do seu produto”, explica o presidente da ABCS, Marcelo Lopes.
Segundo levantamento da entidade, para que haja equilíbrio na atividade, é preciso que o valor de comercialização do quilo suíno vivo compre 3,5 quilos de farelo de soja. Atualmente, o produtor vende 1 quilo e compra apenas 1,5 quilo de farelo de soja.
Perspectivas
A inflação dos grãos medida pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) continuará acelerando no curto prazo, em razão do aumento do preço do óleo diesel e, sobretudo, dos problemas climáticos nos Estados Unidos, que pressionam a formação dos preços de grãos, como soja, milho e trigo. A análise é do coordenador de análises econômicas do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre-FGV), Salomão Quadros em entrevista para o Valor Econômico.
“Por hora, observamos impactos fortes na soja e em outros grãos. Não se sabe se o efeito da seca nos Estados Unidos chegou ao pico, porque não se sabe a extensão dos problemas por lá”, afirmou.
Com o resultado de julho, a soja acumula, neste ano, alta de 57,18%, ao passo que o farelo da soja registra avanço de 69,64%. “O ano da soja tem sido complicado. Tivemos seca no Sul do Brasil, na Argentina, e temos agora nos Estados Unidos. No primeiro semestre, ainda pesou a valorização do dólar, fator que não influenciou em julho”, disse.


quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Mitos e verdades: carne de porco


Mitos e verdades: carne de porco

A carne suína é cercada de tabus, por já ter sido considerada extremamente gordurosa e fazer mal à saúde. Mas o que poucos sabem, é que de meados da década de 80 até hoje, o suíno perdeu 31 % de sua gordura, 14 % de calorias e 10 % de colesterol e sua carne tornou-se saudável e muito saborosa.





Buscando as respostas concretas para desmistificar todas as incertezas que rondam os porquinhos, tal qual o lobo mau, falamos com a nutricionista Patricia Scarfoni Negrão, do Hospital Samaritano de São Paulo.

A carne de porco é prejudicial à saúde humana? -  Mito
A carne suína disponível atualmente não merece os conceitos errôneos de que é gordurosa e faz mal à saúde. Ao contrário, trata-se de um alimento nutritivo e saboroso, muito equilibrado em sua composição e, que pela sua abundância em vitaminas e minerais, deveria ocupar um maior espaço na mesa do consumidor brasileiro.
A carne de porco causa doenças? - Mito
Existe um mito de que a carne de porco transmitiria a cisticercose. Porém, a doença pode ser provocada por qualquer tipo de carne (suína ou bovina) ou verduras e frutas mal lavadas. Atualmente, com as técnicas utilizadas nas suinoculturas, é praticamente impossível a contaminação. Os animais criados soltos têm maior probabilidade de transmitir o problema. A contaminação por carne bovina ainda é alta, pois os animais necessitam de pastagens.
Atualmente, por conta do excesso de hormônio, a carne de porco é mais saudável que a carne de frango?- Nem um, nem outro.
A carne de porco hoje em dia é mais saudável, mas por causa de um processo de melhora na criação desses animais. Em relação aos hormônios da carne de frango, segundo pesquisadores da Embrapa, o maior ganho de peso e eficiência das aves é devido ao somatório dos resultados de 40 anos de pesquisas em seleção genética, determinação de 3 exigências nutricionais e balanceamento de cada nutriente e energia das dietas, ambiência adequada com controles de temperatura, umidade do ar e ventilação das instalações.
Desde 1980, a carne de porco perdeu 31% do seu nível de gordura, 14% de calorias e 10% de colesterol. Essas mudanças se devem aos avanços da genética, através do cruzamento e seleção de animais. O percentual de carne magra era de 50% antes da década de 80. Atualmente, a carne magra representa de 58% a 62%.
Além disso, a carne suína possui mais gorduras "desejáveis", chamadas de insaturadas (65%), do que gorduras "indesejáveis", conhecidas como saturadas (35%). O que é muito apreciado por nutricionistas. O alimento também é rico em ácido linoleico, que neutraliza de forma eficaz os efeitos negativos do ácido palmítico, que é uma gordura saturada.
Não se deve ingerir carne de porco após fazer tatuagem? - Mito
Mito infundado, a carne de porco não tem nenhuma relação com a tatuagem, ou seja, pode ser ingerida sem problemas desde que preparada de maneira correta.
Carne de porco mal cozida pode transmitir parasitas? - Verdade
Sim, toxoplasmose e teníase, causadora da cisticercose.

A carne de porco é muito gorda, com altos níveis de colesterol e de difícil digestão? - MitoAtualmente, o nível de colesterol contido na carne de um suíno é semelhante às outras carnes (bovinos e aves) e está perfeitamente adequado às exigências do consumidor. É importante saber que a quantidade de colesterol não está diretamente relacionada à quantidade de gordura.

Um exemplo claro disso é o camarão, que apesar de ter menos gordura do que o suíno, apresenta taxas maiores de colesterol - de 97 a 164 mg/100g, enquanto a carne suína tem entre 56 e 97 mg/100g de colesterol.

Outro exemplo: O nível de gordura em 100g lombo cozido é de aproximadamente 6,7g, enquanto em 100g de filé mignon cozido chega a 10g

A carne de porco é mais gorda que as outras?- Mito
Não. Além disso, a carne suína possui maior quantidade de gorduras boas, chamadas de insaturadas do que gorduras "ruins", conhecidas como saturadas. A gordura de porco tem cerca de 65% de insaturadas, contra 35% das saturadas. O que é considerado um boa característica. O alimento também é rico também em ácido linoleico, que neutraliza de forma eficaz os efeitos negativos do ácido palmítico, que é uma gordura saturada.


Carne de porco causa alergia? - Mito
Apesar de frequentemente ser referida pelas pessoas como causadora de sintomas alérgicos, alergias são raramente causadas pela carne suína. Os alimentos desencadeantes de alergia alimentar variam de acordo com a idade de exposição e com os costumes regionais, além de outros fatores. São aceitos como principais alimentos relacionados à alergia alimentar: leite de vaca, ovos, amendoim, soja, nozes, peixes e frutos do mar.


Carne de porco provoca homossexualidade? - Mito
A afirmação, divulgada no site da organização muçulmana Ahmadiyya, é um mito infundado.

Carne de porco é considerada a mais saborosa das carnes? - Nem um, nem outro.
A carne suína é macia e tem um sabor muito agradável, que é o motivo de sua grande aceitação. Em pesquisa recente, a aceitação desta carne, quando relacionada ao sabor, foi de 92%. Porém, essa mesma pesquisa mostrou o desconhecimento da população brasileira. Cerca de 35% dos entrevistados referiu-se ao alimento como perigosa e nociva a saúde.


Usar limão na carne de porco diminui a gordura e melhora a digestão - MitoÉ um grande mito popular dizer que temperar a carne com limão diminui a gordura e auxilia a digestão. Isso não é verdade. A quantidade de gordura continua sendo a mesma e o processo de digestão também.